Ainda criança, Quim Barreiros bebeu os ensinamentos musicais da grande tradição minhota: os viras, os malhões, as chulas e canas-verdes.
Na adolescência viajou por Portugal inteiro, já a tocar acordeão em ranchos folclóricos com os quais tomou contacto com muitos outros géneros do nosso país.
No início da idade adulta, fixou-se em Lisboa, onde frequentou as casas de Fado e começou paralelamente a inscrever o seu nome em dezenas e dezenas de gravações – essencialmente de música tradicional portuguesa mas não só.
E com a descoberta de uma voz própria como cantor, em meados dos anos 70, e a sua vocação para as rimas brejeiras e divertidas – com uma passagem pelo canto de intervenção ao contrário –, estava aberto o caminho a um dos percursos mais sui generis e originais da música portuguesa dos últimos quarenta anos.